O Porta-Helicópteros Multipropósito Atlântico (A 140)- por Almirante Leal Ferreira Comandante da Marinha
Está chegando. Dia 25 de agosto ele chega. É um navio que vai dar uma boa capacidade de operações anfíbias ao Brasil, de operações aéreas, de defesa civil, de atuação na nossa área lá do Pré-Sal, daquela região que é muito afastada, o Pré-Sal fica há mais de 200 quilômetros da Costa, qualquer coisa que acontece ali nós vamos precisar de muitos meios pra atuar. E o Atlântico, assim como o Bahia – que foi o anterior, que nós compramos há 3 anos atrás – juntos eles vão formar um excelente binômio capaz de dar essa tranquilidade na operação. E, em operações anfíbias, ele tem grande poder de projeção de fuzileiro navais, de desembarque de 800 fuzileiros navais numa costa, carrega 18 helicópteros, e ele está – de alguma forma – substituindo o porta-aviões São Paulo, não é uma substituição completa porque ele só opera helicópteros. O avião, nós vamos continuar sem essa capacidade, nós agora perdemos isso, vai demorar algum tempo até a gente recuperar porque nós vamos precisar, não só de um porta-aviões, como de uma ala aérea, comprar aviões, é tudo muito caro. Mas, enquanto a gente não tem, pelo menos nós vamos conseguir manter em operação os helicópteros pesados que nós adquirimos recentemente, e que podem operar a partir do Atlântico e fazer o transporte de fuzileiros navais para onde for necessário. O Atlântico Sul tem uma autonomia muito grande, ele sai daqui, pode ir à África e voltar sem reabastecer, tem uma porção de coisas, foi uma grande aquisição e feita em excelentes condições financeiras, perfeitamente dentro do orçamento da Marinha.