O Museu da Praticagem de Paranaguá – por Juliane Budante

Esse museu nasceu a partir da necessidade de resgatar a história da praticagem de Paranaguá, já que nós estávamos no ano do sesquicentenário, e aí nós queríamos mostrar para a comunidade como era o serviço de praticagem. Então a gente resgatou fotos, os navios, pedimos navios emprestados, fizemos as maquetes das lanchas que, até então, compuseram a empresa e aí fomos resgatando essa história. E fez tanto sucesso, foi tão legal, que todo mundo: “Ah, porque vocês não tem um espaço próprio para isso?” Então essa sala aqui, na realidade eram duas salas, ela foi criada justamente para esse espaço do museu que hoje é muito visitado.
Essa foto demonstra os práticos pegando a lanchinha de barra, que ia até a barra no canal sudeste antigo. Essa lancha é a lancha Parú, uma das primeiras lanchas de praticagem que levavam os práticos até a barra, então ela ainda era muito rústica, não tinha as tecnologias de hoje, vê que realmente é uma coisa bem primária ainda, mas ela cumpriu a função e ela é o xodó da praticagem justamente por ser, assim, o início da evolução, ela já tinha recém-saído do remo e começou a ser uma lancha de motor, então essa é uma das primeiras lanchas da praticagem.
Num segundo momento, na década de 80, 70-80, foi essa lancha, a Guimarães Roxo, que já é uma evolução já maior das lanchas de praticagem – ela já tem radar, ela já tem uma série de tecnologias que não se tinha até então – e isso mostra a evolução das lanchas e o aprimoramento, realmente, cada vez maior da praticagem e a preocupação em atender, não só aos navios, como a própria segurança dos práticos que vão à bordo. E é uma lancha muito mais segura, muito mais moderna do que as anterior. Então, é dessa forma que vão evoluindo as lanchas, as lanchas evoluem dessa maneira.
Essa foto é a chegada do navio Almirante Saldanha, em 1930, 17 de março, quando da inauguração do Porto de Paranaguá, do Porto Dom Pedro II, que é o cais atual.