A remuneração do prático ela, vamos assim dizer, pelo prático não ser um funcionário público, a remuneração dele vai depender do serviço dele. Isso é, principalmente, em função do número de navios que demanda o porto e do tamanho desses navios, da quantidade de carga que esses navios transportam. Então, em diferentes portos no Brasil existe uma diferença muito grande na remuneração. Existem portos hoje, podemos dizer em função da crise financeira, que o serviço está quase à beira da falência, em função da queda do movimento dos navios. Em outros portos, em função do continuado esforço no comércio marítimo brasileiro, podemos dizer que o serviço de praticagem está muito bem. De uma forma geral, para aqueles que se preocupam com o aspecto da remuneração, nós podemos dizer que a remuneração tem caído substancialmente em função, primeiro, do aumento do número de práticos, hoje nós temos, praticamente, o dobro do número de práticos que nós tínhamos em 2007. E como a quantidade de navios atendendo aos portos ou está constante ou, inclusive, reduziu, somos mais práticos para dividir os mesmos lucros do serviço prestado. Então, de uma forma geral, podemos dizer que o prático hoje ele continua sendo um serviço interessante, com uma boa remuneração, compatível com outras profissões como engenheiros, como médicos, como advogados, todos são bem remunerados, e o prático, de uma forma geral, é bem remunerado. Mas é importante saber que para ter uma melhor remuneração o prático tem que estar exercendo a sua atividade em um porto em que tenha muito movimento marítimo, quando há queda no movimento, obviamente, em decorrência disso, há uma queda substancial na remuneração.
